Tipos de encaixe: como aproveitar melhor o tecido?4 min read

Tipos de encaixe: como aproveitar melhor o tecido?

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Sumário:

Para evitar o desperdício de tecido, é importante conhecer os diferentes tipos de encaixe no processo de confecção. Essa etapa deve ser realizada com bastante precisão e atenção. Ao se conhecer os tipos de encaixe, é possível escolher o melhor método e, assim, prever o tempo e a quantidade de tecido necessários para o processo completo. Mas afinal, o que é encaixe?

O encaixe é a distribuição de uma quantidade de moldes que compõem um modelo sobre uma metragem de tecido ou papel visando o melhor aproveitamento do tecido.

Tipos de encaixe para aproveitar melhor os tecidos

Existem diversos tipos de encaixe, conforme apresentamos a seguir:

1) Encaixe par

Quando todas as partes que compõe um modelo são distribuídas sobre o tecido é chamado de “encaixe par”. Neste tipo de encaixe, se o molde tiver a indicação de corte 2x (duas vezes) será necessário riscar duas vezes espelhado. Neste caso, o enfesto poderá ser ímpar ou par, pois a peça que será riscada sairá inteira por folha. Este tipo de encaixe pode ser feito com moldes simétricos e assimétricos.

2) Encaixe ímpar (único)

Quando apenas metade dos moldes são distribuídos sobre o tecido é chamado de “encaixe ímpar”. Neste caso, a quantidade de vezes indicada nas partes componentes de uma modelagem pode ser riscada pela metade. Se no molde constar a indicação 2x será riscado apenas uma vez, porém o enfesto terá que ser obrigatoriamente par. Este tipo de encaixe pode ser usado apenas para moldes simétricos.

3) Encaixe misto

Quando todos os moldes de uma peça (encaixe par) e alguns moldes de outra peça (encaixe ímpar) são distribuídos sobre o tecido é chamado de “encaixe misto”. Muito utilizado em setores que trabalham com grande produção diária devido a economia de tempo em todas as operações (encaixe, enfesto e corte).

Por exemplo: Para atender uma ordem de corte com 20 peças tamanho P e 10 peças tamanho M, seria possível encaixar uma modelagem completa do tamanho P e metade da modelagem do tamanho M (a ser compensado no enfesto). Este processo evitaria que todo o processo (encaixe, risco, enfesto e corte) fosse realizado duas vezes.

Atenção: em tecidos tubulares a parte assimétrica pode ser riscada pela metade na dobra do tecido.

Como funciona  o método computadorizado

Existem ainda métodos manuais, como no item 1, porém o método computadorizado no item 2 permite melhorar o encaixe. Veja abaixo.

1) Encaixe manual com moldes em tamanho normal

Este tipo de encaixe é obtido com o deslocamento manual das partes que compõe cada um dos modelos, devendo ser repetido após cada corte, o que torna o processo demorado. Ainda é muito utilizado para peças piloto.

Desvantagens:
– Sistema antigo
– Processo lento
– Ocupa muito espaço da mesa de corte
– Maior porcentagem de perca de tecido
– Diminui a possibilidade de encaixe econômico

2) Encaixe computadorizado com moldes em miniatura (sistema CAD)

Este tipo de encaixe é obtido após a criação ou a digitalização dos moldes no computador, sendo necessário apenas indicar a grade e a largura do tecido. Neste processo, o encaixe pode ser realizado manualmente (com o deslocamento das peças no monitor como se fosse em uma mesa de corte), automaticamente (através do computador que busca a otimização do tecido) ou por analogia (o computador encaixa as peças a partir de outro encaixe similar já realizado).

Vantagens:
– Redução de matéria-prima
– Aumento de produtividade
– Excelente qualidade

Métodos de risco

Os métodos de risco também interferem no processo e podem ser divididos conforme abaixo.

1) Risco manual direto no tecido

Este tipo de risco é executado diretamente sobre a última folha do tecido, contornando os moldes por meio de giz especial, lápis ou caneta. É um método pouco usado atualmente.

Desvantagens:
– Lentidão na execução
– Permanência da marca do giz
– Tecidos com elastano deformam o risco
– Não permite cópias

2) Risco manual sobre o papel

Processo semelhante ao anterior e apresenta praticamente os mesmos problemas.

3) Risco automatizado

Neste processo, após concluir o encaixe no monitor, o operador instrui o sistema para que trace o risco em tamanho normal, em papel especial, através de uma máquina de plotter. É o sistema mais utilizado atualmente.

Realizando o encaixe com maior agilidade e precisão, além do melhor aproveitamento de tecido, o processo como um todo resulta em economia e qualidade na peça final.

Leia mais:

Conheça os tipos de encaixe de moldes possíveis

Encaixe da modelagem: etapa essencial nas confecções

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