O valor agregado e o belo no Barroco (Parte I)2 min read

O valor agregado e o belo no Barroco (Parte I)

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Sumário:

O que Dolce & Gabanna e Christian Lacroix têm em comum? Na verdade, o valor conceitual de suas peças (o dos significados) e, consequentemente, seu valor comercial, no que se refere às coleções barrocas e bizantinas do Inverno 2014 e Primavera-Verão 1998, respectivamente…

 

Lacroix, casaco da coleção Alta-Costura, primavera-verão, 1998/ Foto: F. Calmont

 

Dessa forma um simples objeto tem o poder de trazer, intrínseco, tanto o que chamamos (em uma linguagem mercadológica) “valor agregado à marca”, como também o conceito do belo. Fato possível ao se respeitar o pacto entre a inspiração de seus criadores, tendências do comportamento social e, claro, análise de seus principais públicos consumidores.

Ao se quebrar a ordem de um destes aspectos – os quais comandam a concepção de um produto estético -, o que sobra, sem dúvida, é a realização de algo sem o valor agregado e o belo, sem brilho. Apto a figurar entre tantos outros disponíveis na grande arena mercadológica, mas não no inconsciente das pessoas.

 

 

 

 

D &G, inverno 2014/ Reprodução

Hoje, originalidade com atitude se constitui fator fundamental à sobrevivência, condição requerida igualmente por produtos e, desculpem-me a comparação, seres-humanos…

Eu explico: um mundo repleto de identidades falsas e valores equivocados, sejam eles conceituais (morais e sociais) ou comerciais, não têm o poder de trazer à tona o deleite à vida. Salvo os sentimentos oriundos da mesmice a que respondem.

A mesmice conceitual entendida como a cópia de algo já experienciado (e, portanto, parasitário e refém de um prazo de validade) e, o marasmo comercial, fadado à submissão oscilante das leis do mercado de oferta e procura.

É nesse campo que melhor entendemos o conceito de o valor agregado e o belo e suas experiências estéticas. A imersão automática de nossa percepção diante de algo que nos atinge pelo súbito! Susto pelo que é chocante, indescritível, sublime… Não importa, são essas suas características…

O deixar-se entorpecer pelo objeto de outrem através dos significados lançados aos nossos sentidos e intelecto. Ao cumprir essa missão, o objeto, em si, já é todo poder e cumpriu sua missão: comunicou-se…

No próximo post continuaremos falando sobre o valor agregado e o belo presente na moda.

Por Joelma Leão
Professora Universitária e Consultora de Moda, Educação e Comportamento de Mercado

 

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