Estamparia têxtil agrega valor ao vestuário4 min read

Estamparia têxtil agrega valor ao vestuário

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Sumário:

Por Julia Picoli
Docente no curso de Moda da Feevale e consultora de produto de Moda

No setor do vestuário, muitos recursos estão sendo desenvolvidos para agregar valor aos produtos e as marcas. A estamparia têxtil é um deles. Existem diversos tipos de estamparia, e o designer deve escolher o que melhor se adapta ao universo da empresa. Alguns tipos de estamparias são: serigrafia, por cilindro ou quadro, digital e manual e ainda existem outros métodos que podem ser usados de diferentes formas, alguns deles são: devoré, flocagem, transfer e tye dye.

As marcas de vestuário investem cada vez mais nestes recursos, pois por meio deles podem conferir aos seus produtos um diferencial em relação aos da concorrência. A estamparia digital é uma das mais usadas em vestuário, sendo a impressão digital por transferência, ou sublimação, um dos tipos mais explorados atualmente devido a boa qualidade e custo não muito elevado.

O interessante da sublimação é que ela pode ser feita em diversos tipos de tecidos, e assim, a mesma estampa pode ter efeitos distintos o que confere à impressão um visual diferente a cada escolha de material. Pode-se trabalhar o mesmo desenho em escalas diferentes e assim explorar o uso dele de formas distintas.

Outras formas de diferenciar o produto por meio da estamparia têxtil é por meio do uso de maquinários que fazem interferências nas estampas, ou seja, realizam aplicações ou bordados que antes só poderiam ser feitos a mão. Porém, a sublimação não é a única opção a ser explorada, mesmo por marcas com grande produção. A mistura de diversas técnicas de estamparia pode gerar resultados inesperados, criando valor agregado aos produtos da marca e o consumidor percebe isso na hora da compra.

O ponto positivo da estamparia têxtil digital é que existem muitos recursos para o seu desenvolvimento, podendo ser criadas a mão e, posteriormente, manipuladas em algum software gráfico. Também é possível usar imagens ou fotos de referência e trabalhar a partir delas, ou ainda usar apenas os softwares específicos.

Cada profissional deve descobrir a maneira mais produtiva de trabalhar, levando em consideração aquelas em que o trabalho flui melhor e as tendências de estamparia da estação. A mistura de técnicas e programas também confere aos produtos autoria, uma vez que o designer cria a partir de temas e tendências selecionadas, levando em consideração seus conhecimentos dos programas e seu repertório.

Logo, é de extrema importância que o designer tenha conhecimento das matérias primas utilizadas pela empresa para explorá-las da melhor maneira possível. Também deve conhecer as diferentes técnicas existentes e possuir habilidade com softwares gráficos, características fundamentais para quem quer trabalhar com estamparia.

Na imagem abaixo, é possível visualizar o processo de criação dos motivos da estampa, o seu módulo (A), a sua aplicação em diversos produtos e em escalas diferentes, ressaltando o exposto acima, quando comentei que o uso de escala gera diferentes resultados (B). Vemos também testes de cor e de escala no tecido escolhido (C) e a preparação para impressão (D) e por fim, o protótipo físico da estampa criada (E).

 

Exemplos de estampas têxteis/ Fonte: Picoli e Estol, 2013

 

Saiba mais…
Estamparia digital: a essência criativa da estilista Mary Katrantzou
Vlisco: estamparia africana made in holanda
– Especialista fala sobre criação e mercado de estampas

 

 

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