Dez temas para o futuro das marcas (parte III)5 min read

Dez temas para o futuro das marcas (parte III)

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Sumário:

Por Ana Luiza Olivete
Designer de Moda, Professora e Consultora Empresarial

Nos posts anteriores – Dez temas para o futuro das marcas Parte I e Parte 2 – falamos sobre os sete temas as marcas devem avaliar e pensar estrategicamente para traçar planos para o futuro da empresa. Abaixo, descrevemos os últimos pontos que merecem atenção e reflexão:

8. Comunicação
Nos últimos anos, multiplicaram-se as fontes de transmissão de informação: televisão (multiplicação de canais), imprensa, rádio, e especialmente internet. A audiência aumentou, mas também se fragmentou. Veicular a comunicação tornou-se mais difícil e exigente em termos de investimento, ainda mais após a crise de 2008, onde a comunicação passou apenas para o ponto de venda.

O crescente número de marcas e submarcas gerou um grande “ruído mediático”. Conseguir fazer-se ouvir é mais difícil e inicia-se o uso de celebridades que transferem à marca uma notoriedade e uma densidade psicológica, desenvolvendo também projetos em conjunto, através de licenças ou participação no processo criativo e isso cria um impacto visual. O apelo sexual e ruptura de tabus também são artifícios relevantes.

No futuro, os especialistas preveem a importância do regresso da mensagem, motivada principalmente pelo retorno à valorização da qualidade material do produto, a necessidade de transmitir a identidade histórica da marca; a maior sensibilidade pelas questões que afetam o mundo, mas também devido à saturação de um sistema que explorou exaustivamente a beleza física, frequentemente sem substância nem história.

Notaremos mudanças, mas a necessidade de fazer-se ouvir no meio de milhares de marcas, continuará motivando pequenos escândalos, autênticas iscas para o gossip global.

 

Marcas investem em comunicação para atrair usuários/ Reprodução

 

9. Internet e Comunicação
Associar a comunicação da marca ao canal de venda com um simples toque no computador é sem dúvida irresistível. Com qualidade e objetividade do acesso à informação, grau de inovação do design e navegabilidade, interatividade e a ligação entre o comunicacional e o comercial, a internet desponta como forma rápida e eficaz de comunicação.

A combinação de websites e redes sociais como facebook, eventos retransmitidos via streaming, canal youtube, e outras tantas que se inter-relacionam, mostram as alternativas que algumas marcas já exploram e muitas mais deverão aprender a fazê-lo.

Uma empresa que não tem uma página de internet ou um blog como cartão de visita já tem dias contados, pois elimina uma linha direta com os consumidores, uma vez que as mídias tradicionais impressas minguaram significantemente.

A tecnologia será a alavanca para revolucionar tudo o que gira à volta da promoção. A banda larga impulsionará a indústria do vídeo; rentabilizará os desfiles; incentivará um maior cuidado no web-design; proporcionará múltiplas possibilidades de interação. O marketing das empresas deverá redobrar a sua atenção em relação às mudanças de cenários dos vários grupos etários e sociais presentes nas várias plataformas e redes sociais existentes na rede.

10. Promoção da moda
As feiras são o instrumento mais direto para o início de um contato entre marcas e clientes, porém, quando aqueles que compõem o universo de potenciais visitantes não têm pontos de interesse suficientes para sentir-se atraídos pelo evento, estes não sobrevivem. Na Europa, ficarão apenas as feiras que são referência, fortes presenças de marcas individuais em países em que se tem interesse em clientes multimarcas.

Os desfiles na Semana da Moda é o momento iconográfico da temporada do criador. Apesar de muitos considerarem as passarelas como um fim de um processo árduo de desenvolvimento, na realidade são um meio para apresentar as novas coleções aos clientes, palpar as primeiras impressões sobre possíveis encomendas, e midiatizar a marca.

Concluindo
As marcas precisam conquistar credibilidade, legitimidade e afetividade para persistirem e existirem num mercado consumidor globalizado, onde conceitos de produto e serviços se modificam a uma velocidade absurda. Onde o consumidor está cada vez mais exigente e mais informado sobre tudo o que acontece no mundo a sua volta, inclusive no universo da moda.

Fonte
AGIS, Daniel; BESSA, Daniel; GOUVEIA, João; VAZ, Paulo. Vestindo o Futuro: Microtendências para as Indústrias Têxtil, Vestuário e Moda até 2020. Porto, 2010.

Leia também…
– Dez temas para o futuro das marcas
– Dez temas para o futuro das marcas (Parte II) 

 

 

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